Fisiolar

O bebé e a chupeta

Sexta-feira, 27 Maio, 2022

Quando se tem um filho, muitos são os conselhos sobre os cuidados de saúde e de desenvolvimento do bebé, sendo o uso de chupeta um tema muito controverso. 

Enquanto 
terapeuta da fala sou muitas vezes questionada sobre o uso da chupeta. A informação que mais convém passar é que relativamente à chucha, como chamam carinhosamente, não há certos e errados. O que importa é ter um bebé e família bem adaptados a esta nova dinâmica, que certamente será exigente e com muitos desafios desde o primeiro dia.

O objetivo de todas as decisões será sempre fazer uma escolha informada de todos os riscos e benefícios, que permitam que a dinâmica familiar seja feliz e o mais harmoniosa possível.

Mas antes disso, porque o bebé gosta de chuchar?

Quando nasce, o bebé tem várias competências oromotoras, como a sucção. Através da sucção o bebé consegue alimentar-se durante a amamentação ou a sucção da tetina de um biberão, chamando-se sucção nutritiva.

No entanto existe também a sucção não nutritiva, que promove o crescimento craniofacial, ajuda no processo digestivo, diminui o risco de Síndrome de Morte Súbita do lactente e dá ao bebé uma sensação de conforto, calma e prazer.

Neste processo de sucção não nutritiva podem ser utilizadas várias estratégias como a sucção na mama, sucção digital (no próprio dedo) ou o uso de chupeta.

Assim, o que falta perceber são quais os potenciais riscos e benefícios associados ao uso de chupeta:

Riscos:

  • Aumenta a probabilidade da “confusão de bicos” e desmame precoce se for introduzida antes do 1º mês de vida;
  • Aumento na incidência de otites médias;
  • Se não for retirada pelo menos até aos 18-24 meses: Risco de alterações na musculatura orofacial e arcada dentária;
  • Possível interferência na articulação verbal durante a fala.

Benefícios:

  • Aumenta o tempo de sucção não nutritiva e neste sentido diminui o risco de Síndrome de morte súbita do lactente.
  • Efeito calmante e reconfortante.
Sobre este tema existem já várias recomendações, no entanto, a resposta mais correta será sempre, a que se tornar mais funcional e positiva na dinâmica de cada família e cada bebé.​​​​
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Tatiana Filipa Lopes Freitas

Terapeuta da Fala da Fisiolar, licenciada pela Escola de Saúde de Alcoitão e Pós-Graduada em Motricidade Orofacial pelo Instituto Ensino Profissional Avançado e Pós-Graduado. Trabalha com adultos e crianças com perturbações em diferentes áreas de intervenção: comunicação, linguagem oral e escrita, fala, motricidade orofacial e deglutição.

Porquê deslocar-se, se vamos ter consigo?

Uma experiência verdadeiramente conveniente e diferenciadora.
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