Melhore a sua Comunicação: Terapia da Fala Online
Uma comunicação clara e eficaz pode abrir portas no ambiente profissional, fortalecer relações pessoais e aumentar a autoconfiança.
Um diagnóstico de uma qualquer doença oncológica chega sempre de forma avassaladora, sendo que a primeira necessidade é estabelecer um plano de intervenção precoce de tratamento. Tão importante como o tratamento para a doença é o apoio psicológico da mulher que passa por um diagnóstico de cancro da mama.
Convidámos a Psicóloga Bárbara Sebastião a responder a algumas questões.
É importante um acompanhamento psicológico precoce da mulher com cancro de mama, no sentido em que esta tem desde cedo apoio nas várias fases da aceitação da doença e que são semelhantes às do luto. A mulher questiona o porquê de lhe ter acontecido a doença, revolta-se e conforma-se, aceitando o diagnóstico. Por vezes sente essas emoções todas no mesmo dia, resultando num grande desgaste emocional.
O apoio psicológico é importante pois muitas mulheres sentem necessidade de desabafar as suas frustrações e dores e não querem ao mesmo tempo preocupar os seus familiares, que estão também a passar pelo mesmo processo, se bem que a nível indireto. Assim, tem alguém com quem partilhar as suas angústias, raiva e frustração.
É também muito importante na restauração da autoestima, sobretudo na fase onde pode haver queda do cabelo ou a perda de um peito. É muito difícil haver uma aceitação do novo eu quando existem alterações físicas também.
O psicólogo acompanha todo o processo de noção de finitude, aceitação e resignação do fim da vida.
Perspetiva-se o que há ainda a realizar e a estabelecer prioridades com o que realmente interessa.
É sempre muito ingrato dar um prazo pois este raramente se concretiza, quer por defeito, quer por excesso, o que traz mais ansiedade e muitas vezes leva a uma total perda de esperança e conduz a um desfecho de desistência que pode ser fatal.
Sempre que a mulher se sinta bem, tenha uma estabilidade emocional e se encontre sem trauma, pode suspender a intervenção psicológica. É importante aprender a viver sem o medo de uma recaída ou pelo menos que este medo não lhe provoque ansiedade excessiva.
Os familiares devem ser acompanhados sempre que assim o necessitem, quer seja para si mesmos, com o intuito de desabafar ou até na forma de lidar com os familiares com cancro, de uma forma mais correta.
O melhor conselho é sempre o de experimentar uma sessão, sem compromisso. Se não o quiser, é sempre importante que os familiares e os amigos relembrem essa hipótese e deixar sobretudo a ressalva de que há assuntos que podem ser mais facilmente entendidos por alguém externo ao ambiente familiar, que é sempre, nestas alturas, de grande sofrimento para todos. Por vezes a paciente está ainda numa fase de negação, de não aceitação da doença e necessita de tempo para aceitar ter ajuda psicológica, o que é perfeitamente normal.
Uma comunicação clara e eficaz pode abrir portas no ambiente profissional, fortalecer relações pessoais e aumentar a autoconfiança.