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A solidão em tempo de festas

Segunda-feira, 26 Dezembro, 2022

Amanhã é véspera de Natal e sente-se no rosto de quem passa por nós uma quase obrigação de emanar felicidade. É neste deambular frenético que antecedem os dias de festa que pairamos no limbo que separa a vontade de chorar da poética felicidade que emanam as luzes de natal, numa tentativa desesperada de iluminar o nosso coração apagado. O tempo deu a volta, levou-nos nesta corrida quase absurda e cheia de obstáculos mascarados de efemérides. Será esta a solidão de que fugimos para não ter que atravessar um mar de gente que brinda, de sorriso no rosto, mas que levanta mais alto a taça quanto maior a tristeza?

Amanhã recebemos o Deus menino presenteado pelos reis magos, amanhã é a nossa vez, esperam de nós receber este amor, será a nossa vez de sermos os reis, quando tudo o que queremos é estar nas palhinhas deitados e ter a mão da mãe Maria a afagarnos a alma.

Amanhã, ou ainda hoje, ou sempre, olhemos com o coração, este que inevitavelmente deixa os olhos em maus lençóis e, sejamos o burro e a vaca que aqueceram o Deus menino numa escura noite fria, sejamos Maria estendendo uma mão amiga, sejamos José espalhando amor, sejamos reis, partilhando o que de mais precioso temos, mas acima de tudo sejamos presentes.

Feliz Natal

Adriana Mesquita

Adriana Mesquita

"Contadora de estórias"

Numa taça misturo: um pouco da experiência da minha vida, com factos de outras tantas vidas, adiciono um punhado de emoções e levo tudo para uma folha de papel. No final acontece magia que partilho com quem me lê.

Porquê deslocar-se, se vamos ter consigo?

Uma experiência verdadeiramente conveniente e diferenciadora.
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