A consulta psicológica no domicílio é uma modalidade que permite ajudar o cliente quando existem dificuldades na mobilidade, seja física ou devido a fatores externos – indisponibilidade de meios e/ou de tempo para se deslocar até um gabinete ou clínica –, ou quando tem que estar em casa devido a outras situações, por exemplo, ser cuidador de alguém doente ou incapacitado. Além disso, no campo da Psicologia, pode ser indicada em casos nos quais o cliente se vê impedido de sair de casa devido às próprias dificuldades psicológicas que apresenta, como casos extremos de ansiedade ou depressão.
Permite também uma interação mais pessoal e próxima do que a que se consegue ter através das consultas mediadas por telefone, email, chat ou videoconferência. Para além do conforto para o cliente ao não ser necessário deslocar-se, outra vantagem da consulta psicológica no domicílio relaciona-se com a possibilidade de o psicólogo observar o contexto em que vive o cliente e daí recolher informação importante para a avaliação e tratamento dos problemas.
Existem todavia algumas limitações e regras a seguir, tanto da parte do psicólogo, como da parte do cliente, para que a intervenção se desenvolva da melhor forma possível. O espaço destinado às consultas deve ser tranquilo para que a comunicação entre o psicólogo e o cliente flua com discrição e confiança, e devem ser evitadas interrupções, seja de pessoas que entram ou saem do espaço, seja devido a telefones ou televisores ligados. O psicólogo, por seu turno, deve sempre respeitar o espaço da pessoa que o acolhe e seguir as normas éticas e deontológicas da profissão.