Melhore a sua Comunicação: Terapia da Fala Online
Uma comunicação clara e eficaz pode abrir portas no ambiente profissional, fortalecer relações pessoais e aumentar a autoconfiança.
A Artrose, ou Osteoartrose, é um síndrome reumatológico que ocorre na degenerescência articular progressiva, caracterizada por alterações destrutivas da cartilagem articular e alterações reativas do osso de etiologia diversificada. A artrose pode ser classificada como primária ou idiopática, atingindo normalmente mais do que uma articulação, o que representa mais de 70% dos casos, ou pode ser classificada como secundária, geralmente como resultado de uma doença ou traumatismos prévios e , abrange, na maioria dos casos, apenas uma articulação.
Até aos 45 anos de idade atinge maioritariamente o sexo masculino, tornando-se prevalente na mulher após essa faixa etária. As articulações mais afetadas são, por ordem decrescente: as interfalângicas distais, a metatarso-falângica do hallux, joelho, carpometacárpica do polegar, interfalângicas proximais e anca.
A proteção insuficiente aos impactos lesiona a cartilagem articular por um lado, havendo uma menor distribuição das forças, devido à menor superfície de contacto, por outro lado provoca alterações ósseas por microfraturas ósseas de condensação, o que leva à perda de capacidade de absorção dos impactos. Estas alterações provocam o aumento do stresse cartilagíneo, ocorrendo fragmentação e fissuração cartilagíneas, provocando degenerescência articular e destruição enzimática.
Os factores de risco da artrose são variados: factores biomecânicos como trauma, overuse e outros, tais como hereditariedade, obesidade, hipermobilidade, osteoporose, tabagismo, doenças sistémicas.
A dor relacionada com o movimento é o sintoma mais importante na artrose. Estudos longitudinais indicam grande variação da intensidade da dor ao longo do dia e da semana ( pior ao fim do dia e no final da semana ). É igualmente referida dor noturna e em repouso. A dor pode começar alguns minutos após o inicio da atividade, e manter-se durante horas após o cessar da mesma. Parece haver uma correlação positiva entre a ansiedade e a severidade da dor e a depressão.
As principais causas da dor são:
A sensação de rigidez no inicio do movimento ou após um período de repouso é referida na maioria dos utentes.
A perda de amplitude articular (ROM) é geralmente acompanhada de dor, que piora no final da amplitude disponível. O espessamento capsular, os osteófitos e as alterações da cartilagem parecem ser a causa da diminuição da ROM.
O sintoma não é necessariamente acompanhado de sinais evidentes de instabilidade ligamentar ou destruição articular. A fraqueza muscular e a diminuição a proprioceptividade podem contribuir para uma sensação de insegurança.
A dor, a diminuição da força e das amplitudes articulares são os fatores que contribuem mais para a limitação da função. McAlindon et al sugerem que a diminuição de força do quadricipete está mais fortemente correlacionada com problemas funcionais, do que dor.
A evolução da artrose difere em função do utente, da articulação envolvida, sendo difícil generalizar. Na maioria dos casos a evolução demora anos, e os utentes conseguem ter uma vida ativa sem grandes problemas. A predição da evolução da doença é difícil uma vez que depende de vários fatores que a podem influenciar, tais como:
A artrose não tem cura, ainda assim o seu tratamento visa a manutenção da qualidade de vida dos pacientes, tendo como objetivos aliviar os sintomas, minimizar a incapacidade, limitar a evolução da doença, educar e aconselhar convenientemente cada paciente, passando por:
O tratamento cirúrgico é uma opção que surge quando o paciente cumpre critérios específicos e entre as procedimentos cirúrgicos disponíveis temos por exemplo a lavagem intra-articular via artroscópica, o desbridamento, a reparação de tecidos moles e capsulares, a artrodése, a osteotomia e a artroplastia.
Fisioterapeuta da Fisiolar, licenciada em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde de Setúbal em 2004, Mestre na especialidade de Ciências da Fisioterapia pela Faculdade de Motricidade Humana em 2009 e Master em Técnicas Osteopáticas do Aparelho Locomotor pela Escuela de Osteopatia de Madrid em 2010.
Uma comunicação clara e eficaz pode abrir portas no ambiente profissional, fortalecer relações pessoais e aumentar a autoconfiança.