Fisiolar

A segurança no combate à pandemia

Sexta-feira, 22 Janeiro, 2021

Atualmente, vivenciamos uma época inesperada, marcada por receios e incertezas, relativamente à pandemia, causada pelo vírus SARS-COV-2, mais conhecido como Coronavírus. É fundamental manter a segurança no combate à pandemia.

Este artigo apresentará um breve esclarecimento, à luz dos conhecimentos atuais, sobre quais são os Equipamentos de Segurança Individual (EPI´s) e qual a sua importância em contextos de risco. Define-se por contexto de risco o contacto com alguém suspeito de estar infetado ou com alguém realmente infetado. 

Salvaguardar que para os profissionais que realizam consultas ao domicílio, este poderá ser classificado como um contexto de risco, uma vez que desconhecem os hábitos de vida dos clientes e do seu núcleo familiar envolvente.

Segundo a literatura atual, o vírus pode transmitir-se de três maneiras diferentes:
1. Gotículas respiratórias (partículas superiores a 5 micra);
2. Contacto direto com secreções respiratórias infeciosas ou com superfícies contaminadas por estas;
3. Via aérea (partículas inferiores a 5 micra), aquando de procedimentos geradores de aerossóis (nebulizações, por exemplo).
 

Quais os EPI´s que podemos encontrar?

Bata ou Fato; Máscara; Proteção ocular – óculos ou viseira; Luvas; Cobre-botas; Touca e Cógula.
 

Qual a sua importância?

Os EPI´s , tal como o nome indica, servem para proteger o profissional. A sua escolha deve, sempre, ter em conta o contexto, as atividades a realizar e o distanciamento/proximidade ao cliente.

Em contexto de domicílio, um ambiente potencialmente de risco, poderemos optar, idealmente, por utilizar uma bata (com abertura atrás, descartável, impermeável/resistente a fluidos, de manga comprida e que vá até abaixo do joelho), touca, máscara, proteção ocular, luvas e cobre-botas (se não estiver a usar calçado dedicável e não higienizável). O cliente deverá sempre usar a máscara, durante todo o contacto – a menos que a atividade não o permita. Nesse caso, devemos rever o EPI do profissional, nomeadamente o tipo de máscara a utilizar.

Existem dois aspetos imprescindíveis a ter em conta, na utilização dos EPI´s. O primeiro é o seu uso racional, já que o uso indevido é determinante de ausência de sustentabilidade da provisão destes recursos. O segundo é o cuidado ao retirar o equipamento, devendo sempre respeitar a seguinte ordem: 

1º desinfetar as luvas

2º retirar a proteção ocular (de trás para a frente)

3º desinfetar as luvas

4º retirar a bata e as luvas (de trás para a frente)

5º desinfetar as mãos

6º colocar novo par de luvas

7º retirar cobre-botas (pela parte interior- se tocar no exterior, desinfetar as luvas)

8º retirar a touca e a máscara (num movimento único, de trás para a frente)

9º retirar as luvas

10º higienizar as mãos e os braços

Todo o material deverá ser descartado, à exceção da proteção ocular, que poderá ser novamente utilizada, após devidamente desinfetada.

Porque com o uso adequado dos EPI´s conseguimos promover a segurança. A segurança necessária para devidamente cuidar.

Bibliografia: Norma nº 007/2020 de 29/03/2020, Direção-Geral da Saúde (DGS)

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Bárbara Borges

Enfermeira

Porquê deslocar-se, se vamos ter consigo?

Uma experiência verdadeiramente conveniente e diferenciadora.
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